Tomás de Torquemada, nascido em Valladolid no ano de 1420 e morto em Ávila no dia 16 de setembro de 1498, também chamado de "O Grande Inquisidor" foi o inquisidor-geral dos reinos de Castela (reinos da península Ibérica) e Aragão (reinos cristãos que nasceram na península Ibérica durante a reconquista) no século XV e confessor da rainha Isabel "a Católica".
Ele foi descrito pelo cronista espanhol Sebastián de Olmedo como "O martelo dos hereges, a luz de Espanha, o salvador do seu país, a honra do seu fim". Torquemada é conhecido por sua campanha contra os judeus e muçulmanos convertidos da Espanha. O número de "autos-de-fé" (eventos relacionados com a penitência, com humilhação, geralmente pública, de heréticos e apóstatas) durante o mandato de Torquemada como inquisidor é muito controverso, mas o número mais aceito é normalmente 2 200 pessoas sofreram as dores da inquisição.
SITUAÇÃO RELIGIOSA NA ESPANHA-
Na segunda metade do século XV, a Península Ibérica tinha mais judeus convertidos do que qualquer outra região do mundo. Ocupada durante séculos pelos muçulmanos, que concediam aos judeus e cristãos liberdade de culto a troco de um imposto especial, a Península Ibérica tornou-se um refúgio ideal e palco de uma intensa troca civilizatória entre elementos das culturas cristã, muçulmana e judaica. Entre os frutos desse intercâmbio, destaca-se a Astrologia, quase desaparecida da Europa durante alguns séculos e que retorna ao continente exatamente pela via do contato com o mundo islâmico, na região do Mediterrâneo.
A pena mais leve imposta aos marranos era o confisco dos seus bens. Os reis católicos, Isabel e Fernando, precisavam de receitas, e a perseguição movida aos hereges por Torquemada era uma fonte de renda que interessava ao Estado. Isabel e Fernando auto-intitulavam-se "protetores da Igreja e defensores da fé". O mais comum era serem obrigados a desfilar pelas ruas vestidos apenas com um "sambenito" - traje que definia sua condição de hereges - e flagelados à porta da igreja. A etapa seguinte era a morte na fogueira, durante os chamados autos-de-fé, após inomináveis torturas. Homossexuais estiveram entre muitas dessas vítimas.
A MORTE DO INQUISITOR-
![]() |
reprodução/internet(Torquemada) |
SITUAÇÃO RELIGIOSA NA ESPANHA-
Com a progressiva unificação da Espanha (resultado da união dos reinos de Leão e Castela e, mais tarde, destes com Aragão) os muçulmanos e os judeus foram aos poucos "empurrados" para o sul, obrigados a migrar para o Marrocos ou a fazer uma conversão forçada ao cristianismo, porém, tal conversão era sempre vista com desconfiança, já que na maioria dos casos estas pessoas continuavam em segredo a praticar seus antigos cultos.
A INQUISIÇÃO E TORQUEMADA-
Com o casamento de Fernando de Aragão com Isabel de Castela, os dois reinos uniram-se e a Espanha moderna começou a formar-se. Torquemada era frade dominicano nessa época (1478) e confessor de Isabel, função que exercia desde 1474. Em 1483 por nomeação do papa Sixto IV, Torquemada torna-se inquisidor-geral espanhol.
Torquemada difundia que os judeus não eram confiáveis e que o país "precisava" possuir apenas sangre limpia, ou seja, sangue puramente cristão. O objetivo da Inquisição era a erradicação da heresia, o que, para Torquemada, era sinônimo de eliminação dos marranos. Para estimular as delações, a Inquisição chegou a publicar um conjunto de orientações que ensinava os católicos a vigiar os seus vizinhos e a reconhecer possíveis traços de judaísmo:
"Se observar que os seus vizinhos vestem roupas limpas e coloridas no sábado, eles são judeus.
Se eles limpam as suas casas às sextas-feiras e acendem velas mais cedo do que o normal naquela noite, eles são judeus.
Se eles comem pão ázimo e iniciam a sua refeição com aipo e alface durante a Semana Santa, eles são judeus.Se eles recitam as suas preces diante de um muro, inclinando-se para frente e para trás, eles são judeus."
![]() |
imagem:(reprodução/internet)| |
Após completar a expulsão dos judeus, Torquemada retirou-se para o convento de São Tomás, em Ávila do qual tinha sido o fundador, onde passou seus últimos anos convencido de que desejavam envenená-lo, o que o levava a manter um "chifre de unicórnio", considerado um antídoto eficaz, sempre perto de si. Torquemada faleceu de morte natural em 1498.
Em 1832, o túmulo de Torquemada foi violado, os ossos foram roubados e incinerados, da mesma forma que Torquemada ordenava que seus subalternos fizessem com aqueles que eram condenados a morte, após as suas execuções.
É isso galera, espero que gostem e compartilhem com os amigos.
*fonte:clique aqui!
Comentários
Postar um comentário